A coisa emterrou? Nada mais anda por aí? Faz tempo que você aguarda? Espera, espera e nada acontece? O esgotamento é tamanho que você chega a questionar-se sobre seus desejos, vontades e sonhos, na possibilidade de serem difíceis, grandes demais ou até não servirem para você?
Pode parar com isso. Você leu muito bem, páre imediatamente com esses pensamentos. Agora preste atenção... Seus desejos são seus, do jeitinho que você quiser e de maneira nenhuma você deve diminuí-los para caber no universo medíocre de alguém.
Nem ouse reduzir, minimizar, oprimir ou censurar seus anseios, em função de restrições, limitações, imposições, confusões, dúvidas ou paralisações alheias. Não é justo com você!! Se o espaço que você insiste em permanecer é apertado, justo demais, muito pequeno para a demanda que há aí dentro, nada de teimar em se espremer para caber, forçando, se machucando, causando tanto desgaste e desconforto em um lugar que não tem o seu tamanho.
Tudo isso só acontece quando somos verdadeiros desconhecidos de nós mesmos, não temos a real dimensão do que somos, daquilo que temos, queremos e merecemos. Deixando a cargo alheio as decisões, desfechos, escolhas e imposições sobre nossa vida. Enquanto não realizarmos e nos conscientizarmos do nosso valor e merecimento, sem saber ao certo o que podemos e queremos, qualquer canto, espacinho, aresta ou até buraco, servirão para estacionarmos a nossa alma...
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Quem vive de passado é Museu.
– Por que fazem parte da minha história.
– Sim, mas acha justo com a pessoa com quem você está agora manter cartas, recadinhos, coisas que fizeram parte de outros namoros?
Silêncio.
– Por que essas coisas são importantes pra você? Que tipo de apego você tem a esses objetos?
– Eles fazem parte da minha história, já disse.
– Ok. Mas o fato de não conseguir se livrar dessas coisas não sugere um certo saudosismo? Uma vontade de manter algo que você já não tem? O que te prende a eles?
Silêncio.
…
Lembrei desse diálogo dias atrás.
Tem muita gente que guarda coisas que fizeram parte de relacionamentos passados. No email, ficam mensagens; em gavetas, bilhetes, cartas… Alguns têm até locais específicos para manter um arquivo do passado.
Particularmente, não gosto disso. Já carregamos no coração e no corpo marcas do passado. Uma garota não vai esquecer com quem se relacionou pela primeira vez. Talvez até lembre da data em que perdeu a virgindade. Certamente, vai recordar detalhes daquele dia. E por toda vida.
Encontros, passeios, viagens… presentes especiais. Tudo isso faz parte da nossa memória. Não dá para apagar. Entretanto, por que manter objetos desses relacionamentos?
O que a gente carrega na memória faz parte de nós. Não precisamos de outros elementos para nos fazer viajar por relacionamentos passados. Guardar coisas do passado sugere que o passado não está resolvido. É uma espécie de apego a algo que já se perdeu, que ficou lá trás. E não é justo, inclusive, com o presente.
É natural do ser humano prender-se a coisas. Mas relacionamentos só prosperam quando estão livres do passado. E os objetos evidenciam o óbvio: as feridas não estão curadas.
Qual a razão para ter uma cartinha do ex? Qual o motivo para ter tanto carinho pelo papel de presente que serviu para embalar aquele anel que você não deixa ninguém tocar?
Sabe, não acho que seja necessário, ao fim de um relacionamento, jogar presentes fora, descartar ou devolver tudo que tenha ganhado ao longo de meses ou anos. Mas, quando um novo amor acontece, esses objetos não devem fazer mais sentido. Resistir livrar-se de um bilhetinho, de uma fotografia é sintoma do desejo de manter alguma coisa do que já foi vivido. E, isso não é justo com a pessoa com quem se está agora.
Convenhamos, quem fica feliz de saber que o namorado – ou a namorada – se debruça sobre a carta de um ex e fica recordando coisas que viveram?
E tem mais um detalhe, objetos nos remetem às lembranças. Ajuda a reavivá-las. Ou mantê-las. Quando deixamos apenas por conta do nosso cérebro, muita coisa se apaga – vai pro inconsciente e fica guardado ali. Mas os objetos materiais servem de estímulo à memória.
Quem já não lembrou de algum fato passado por sentir um cheiro, ouvir uma música, encontrar um presente que ganhou há muitos anos?
Por isso, mais que limpar as gavetas da alma, de vez em quando também é necessário ter ações práticas: deixar os armários, gavetas, caixinhas livres para receber apenas as expressões de carinhos de um novo amor. Faz bem ao coração. Liberta. E abre as portas para o futuro.
– Sim, mas acha justo com a pessoa com quem você está agora manter cartas, recadinhos, coisas que fizeram parte de outros namoros?
Silêncio.
– Por que essas coisas são importantes pra você? Que tipo de apego você tem a esses objetos?
– Eles fazem parte da minha história, já disse.
– Ok. Mas o fato de não conseguir se livrar dessas coisas não sugere um certo saudosismo? Uma vontade de manter algo que você já não tem? O que te prende a eles?
Silêncio.
…
Lembrei desse diálogo dias atrás.
Tem muita gente que guarda coisas que fizeram parte de relacionamentos passados. No email, ficam mensagens; em gavetas, bilhetes, cartas… Alguns têm até locais específicos para manter um arquivo do passado.
Particularmente, não gosto disso. Já carregamos no coração e no corpo marcas do passado. Uma garota não vai esquecer com quem se relacionou pela primeira vez. Talvez até lembre da data em que perdeu a virgindade. Certamente, vai recordar detalhes daquele dia. E por toda vida.
Encontros, passeios, viagens… presentes especiais. Tudo isso faz parte da nossa memória. Não dá para apagar. Entretanto, por que manter objetos desses relacionamentos?
O que a gente carrega na memória faz parte de nós. Não precisamos de outros elementos para nos fazer viajar por relacionamentos passados. Guardar coisas do passado sugere que o passado não está resolvido. É uma espécie de apego a algo que já se perdeu, que ficou lá trás. E não é justo, inclusive, com o presente.
É natural do ser humano prender-se a coisas. Mas relacionamentos só prosperam quando estão livres do passado. E os objetos evidenciam o óbvio: as feridas não estão curadas.
Qual a razão para ter uma cartinha do ex? Qual o motivo para ter tanto carinho pelo papel de presente que serviu para embalar aquele anel que você não deixa ninguém tocar?
Sabe, não acho que seja necessário, ao fim de um relacionamento, jogar presentes fora, descartar ou devolver tudo que tenha ganhado ao longo de meses ou anos. Mas, quando um novo amor acontece, esses objetos não devem fazer mais sentido. Resistir livrar-se de um bilhetinho, de uma fotografia é sintoma do desejo de manter alguma coisa do que já foi vivido. E, isso não é justo com a pessoa com quem se está agora.
Convenhamos, quem fica feliz de saber que o namorado – ou a namorada – se debruça sobre a carta de um ex e fica recordando coisas que viveram?
E tem mais um detalhe, objetos nos remetem às lembranças. Ajuda a reavivá-las. Ou mantê-las. Quando deixamos apenas por conta do nosso cérebro, muita coisa se apaga – vai pro inconsciente e fica guardado ali. Mas os objetos materiais servem de estímulo à memória.
Quem já não lembrou de algum fato passado por sentir um cheiro, ouvir uma música, encontrar um presente que ganhou há muitos anos?
Por isso, mais que limpar as gavetas da alma, de vez em quando também é necessário ter ações práticas: deixar os armários, gavetas, caixinhas livres para receber apenas as expressões de carinhos de um novo amor. Faz bem ao coração. Liberta. E abre as portas para o futuro.
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